quinta-feira, 4 de outubro de 2012

AS DEFICIÊNCIAS TEXTUAIS

 

    Escrever é uma das habilidades que deve ser desenvolvida por todo indivíduo durante o período escolar. No entanto, percebe-se que muitas dificuldades interferem nesse processo, impedindo a realização dessa atividade. Que fatores contribuem para que isso ocorra?
     Observando a realidade, nota-se que uma das causas está na falta de um objetivo definido que motive o aluno a expor suas ideias de forma escrita, pois, sem uma finalidade específica, a produção torna-se insignificante. Nota-se que há insegurança pelo fato de o aluno não obter respostas satisfatórias, por parte do professor, mediante a sua produção de texto e de como seu trabalho será avaliado.
   A insegurança é gerada pela autocensura e o medo de errar, uma vez que suas produções passarão às mãos de professores, sendo que alguns deles, não sabendo avaliar, poderão causar um bloqueio que dificilmente será superado. Essa insegurança leva-o a criar textos pobres e sem brilho. Isso ocorre por falta de conhecimento básico da estrutura da língua escrita que lhe é exigido, porém, as devidas informações não são transmitidas de forma clara e objetiva, já que as mesmas são trabalhadas, isoladamente, fora do contexto.
     Mediante tudo isso não se observa interesse, por parte do aluno, em produzir textos como prática contínua, nem ampliar suas potencialidades de raciocínio lógico e senso crítico. O desinteresse é consequência da ausência de estímulo, por parte do professor, como também, devido às condições impostas no exercício de redação, que muitas vezes, bloqueia o desenvolvimento pleno do aluno.
   A falta de argumentos em um texto, muitas vezes, é decorrente da falta de leituras diversificadas, do pouco acesso as informações televisivas, jornalísticas e literárias, mas também da falta de técnicas de escrita de textos dissertativos. Outro fator que deve ser levado em consideração é a ausência de conhecimentos necessários a respeito do assunto para que o autor desenvolva seu pensamento com clareza, objetividade e segurança.
    Deve-se salientar ainda que, nem sempre, as orientações dadas pelo professor são suficientes para proporcionar condições básicas para que o aluno produza textos que atendam aos princípios fundamentais da produção escrita. Percebe-se, também, que muitos professores têm dificuldades em tornar as aulas de produções textuais atraentes e proveitosas, contribuindo, assim, para o baixo rendimento e o desinteresse pela escrita.
     Este quadro indica a ineficácia das práticas discentes, que são as consequências, primeiramente, de uma educação que não lhes permite desvendar os caminhos da leitura e da escrita, para que o ato de escrever se transforme em uma ação prazerosa.
   Considerando que o ato de redigir constitui uma problemática vivenciada por muitos alunos, devido a falta de objetivo, orientação e conhecimentos adequados, torna-se imprescindível que seja revisto a maneira como tem sido trabalhada essa habilidade. Para isso, o sistema educacional e os professores precisam ater-se para a real função da escrita e dos elementos que a completam, tais como: leitura, reflexão e conhecimentos estruturais, como também, definir os objetivos da produção e orientar, de forma adequada, os discentes, visando um trabalho harmônico e eficiente, para que os alunos se tornem autores de sucesso.











Profº Valdemar Mariano de Almeida



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