AS DEFICIÊNCIAS TEXTUAIS
Escrever
é uma das habilidades que deve ser desenvolvida por todo indivíduo
durante o período escolar. No entanto, percebe-se que muitas
dificuldades interferem nesse processo, impedindo a realização
dessa atividade. Que fatores contribuem para que isso ocorra?
Observando
a realidade, nota-se que uma das causas está na falta de um objetivo
definido que motive o aluno a expor suas ideias de forma escrita,
pois, sem uma finalidade específica, a produção torna-se
insignificante. Nota-se que há insegurança pelo fato de o aluno não
obter respostas satisfatórias, por parte do professor, mediante a
sua produção de texto e de como seu trabalho será avaliado.
A
insegurança é gerada pela autocensura e o medo de errar, uma vez
que suas produções passarão às mãos de professores, sendo que
alguns deles, não sabendo avaliar, poderão causar um bloqueio que
dificilmente será superado. Essa insegurança leva-o a criar textos
pobres e sem brilho. Isso ocorre por falta de conhecimento básico da
estrutura da língua escrita que lhe é exigido, porém, as devidas
informações não são transmitidas de forma clara e objetiva, já
que as mesmas são trabalhadas, isoladamente, fora do contexto.
Mediante
tudo isso não se observa interesse, por parte do aluno, em produzir
textos como prática contínua, nem ampliar suas potencialidades de
raciocínio lógico e senso crítico. O desinteresse é consequência
da ausência de estímulo, por parte do professor, como também,
devido às condições impostas no exercício de redação, que
muitas vezes, bloqueia o desenvolvimento pleno do aluno.
A falta
de argumentos em um texto, muitas vezes, é decorrente da falta de
leituras diversificadas, do pouco acesso as informações
televisivas, jornalísticas e literárias, mas também da falta de
técnicas de escrita de textos dissertativos. Outro fator que deve
ser levado em consideração é a ausência de conhecimentos
necessários a respeito do assunto para que o autor desenvolva seu
pensamento com clareza, objetividade e segurança.
Deve-se
salientar ainda que, nem sempre, as orientações dadas pelo
professor são suficientes para proporcionar condições básicas
para que o aluno produza textos que atendam aos princípios
fundamentais da produção escrita. Percebe-se, também, que muitos
professores têm dificuldades em tornar as aulas de produções
textuais atraentes e proveitosas, contribuindo, assim, para o baixo
rendimento e o desinteresse pela escrita.
Este
quadro indica a ineficácia das práticas discentes, que são as
consequências, primeiramente, de uma educação que não lhes
permite desvendar os caminhos da leitura e da escrita, para que o ato
de escrever se transforme em uma ação prazerosa.
Considerando
que o ato de redigir constitui uma problemática vivenciada por
muitos alunos, devido a falta de objetivo, orientação e
conhecimentos adequados, torna-se imprescindível que seja revisto a
maneira como tem sido trabalhada essa habilidade. Para isso, o
sistema educacional e os professores precisam ater-se para a real
função da escrita e dos elementos que a completam, tais como:
leitura, reflexão e conhecimentos estruturais, como também, definir
os objetivos da produção e orientar, de forma adequada, os
discentes, visando um trabalho harmônico e eficiente, para que os
alunos se tornem autores de sucesso.
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